NOSSA SENHORA DO CARMO
HISTÓRICO
Na idade média, monges atuavam como cavaleiros cruzados. Por volta de 1155, muitos deles, fatigados pelas batalhas empreendidas para conquistar a Terra Santa, fixaram-se no chamado Monte Carmelo, montanha na costa de Israel com vista para o mar Mediterrâneo e cujo nome significa "jardim" ou "campo fértil". Desejosos de uma vida autenticamente cristã, ali se estabeleceram e fundaram uma capela dedicada à Virgem Maria, razão pela qual ficaram conhecidos como irmãos da Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo.
Posteriormente, em 1226, o Papa Honório III concedeu a aprovação oficial da Igreja à ordem fundada pelos monges carmelitas. Em 1235, os mouros voltaram à Terra Santa e promoveram brutal perseguição contra os cristãos. Para sobreviver, os monges separaram-se em dois grupos, cabendo a um deles a missão de defender o mosteiro, mas acabaram mortos e sua morada foi incendiada. O outro grupo dispersou-se em três regiões distintas: Sicília, Na Itália; Creta, e na Grécia; e Aylesford, na Inglaterra. Nesta última localidade, em 1238, chegaram a fundar um mosteiro, porém não foram aceitos pelas autoridades eclesiásticas locais e enfrentaram a ameaça de extinção.
Em 16 de julho de 1251, no convento de Cambridge, durante oração feita a Nossa Senhora pelo superior da ordem, São Simão Stock, pedindo um sinal de sua proteção que fosse visível aos inimigos, o escapulário da Virgem do Carmo foi entregue por Nossa Senhora com a seguinte promessa: "Recebe, meu filho muito amado, este escapulário de tua ordem, sinal de meu amor, privilégio para ti e para todos os carmelitas: quem com ele morrer, não se perderá. Eis aqui um sinal da minha aliança, salvação nos perigos, aliança de paz e de amor eterno".
Após essa aparição , a perseguição deixou de ocorrer e a ordem tornou-se conhecida em toda a Europa, atraindo muitos adeptos. O escapulário, por sua vez, foi incorporado aos objetos de uso corrente dos cristãos, como sinal da manifestação do amor da Virgem Maria e símbolo de vida cristã dedicada a Deus.
( Texto retirado do Livro: " Mãe de Todas, Maria" de Pe. Reginaldo Manzotti)
Angela Alves.
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