segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Santo do Dia: SÃO RAIMUNDO NONATO



            SÃO RAIMUNDO NONATO

"Raimundo nasceu em Portell, na Catalunha, Espanha, em 1200. Seus pais eram nobres, porém não tinham grandes fortunas. O seu nascimento aconteceu de modo trágico: Sua mãe morreu durante os trabalhos de parto , antes de dar a luz. Por isso Raimundo recebeu o nome de Nonato, que significa não-nascido de mãe viva, ou seja, foi extraído vivo do corpo sem vida dela.

Dotado de grande inteligência, fez com certa tranquilidade seus estudos primários. O pai, percebendo ops dotes religiosos do filho, tratou de mandá-lo administrar uma pequena fazenda de propriedade da família. Com isso, queria demovê-lo  da ideia de ingressar na vida religiosa.Porém as coisas aconteceram exatamente ao contrário.

Raimundo, no silêncio e na solidão em que vivia, fortificou ainda mais sua vontade de dedicar-se unicamente à Ordem de Nossa Senhora das Mercês, fundada por seu amigo Pedro Nolasco, agora também Santo. A Ordem tinha como principal finalidade libertar cristãos que caíam nas mãos dos mouros e eram por eles feitos escravos. Nessa missão, dedicou-se de coração e alma.

Apesar da dificuldade, conseguiu o consentimento do pai e, finalmente , em 1224, ingressou na Ordem , recebendo o hábito das mãos do próprio fundador. Ordenou-se sacerdote, e seus dotes de missionário vieram à tona, dedicando-se de coração e alma. Por isso foi mandado em missão à Argélia, norte da África, para resgatar cristãos das mãos dos mulçumanos. Conseguiu libertar 150 escravos e devolvê-los às suas famílias.

Quando se ofereceu como refém, sofreu no cativeiro verdadeiras torturas e humilhações. Mas mesmo assim não abandonou seu trabalho. Levava o conforto e a Palavra de Deus aos que sofriam mais do que ele  e já estavam prestes a renunciar à fé em Jesus. Muitas foram as pessoas convertidas por ele, o que despertou, a ira dos magistrados mulçumanos, os quais mandaram que lhe perfurassem a boca e colocassem cadeados , para que Raimundo nunca mais pudesse falar e pregar a Palavra de Deus.

Raimundo sofreu durante oito meses essa tortura até ser libertado, mas com a saúde abalada. Quando chegou à Pátria, na Catalunha, em 1239, logo foi nomeado Cardeal pelo Papa Gregório IX, que o chamou para ser seu conselheiro em Roma.
Empreendeu a viagem no ano seguinte, mas não conseguiu concluí-la. Próximo de Barcelona, na cidade de Cardona, já com a saúde debilitada pelos sofrimentos do cativeiro, Raimundo Nonato foi acometido de forte febre  e acabou morrendo, em 31 de agosto  de 1240, aos 40 anos de idade.

Raimundo Nonato foi sepultado naquela cidade e o seu túmulo tornou-se  local de peregrinação, sendo, então erguida uma Igreja para abrigar seus restos mortais. Seu culto propagou-se pela Espanha e pela Europa, sendo confirmado por Roma em 1681.
São Raimundo Nonato, devido à condição difícil de seu nascimento, é considerado Padroeiro das Parturientes, das Parteiras e dos Obstetras."


( Texto retirado: Santos do Dia,Portal Paulinas)   Por: Angela Alves.


















domingo, 30 de agosto de 2015

Santo do Dia: SÃO FELIX E SANTO ADAUTO



             SÃO FELIX E SANTO ADAUTO


Poucos são os registros encontrados sobre Félix e Adauto, que são celebrados juntos no dia de hoje. As tradições mais antigas dos primeiros tempos do cristianismo narram-nos que eles foram perseguidos, martirizados e mortos pelo imperador Diocleciano no ano 303.

A mais conhecida diz que Félix era um padre e rinha sido condenado à morte por aquele imperador. Mas quando caminhava para a execução, foi interpelado por um desconhecido . Afrontando os soldados do exército imperial, o estranho declarou-se, espontaneamente, cristão e pediu para ser sacrificado junto com ele. Os soldados não questionaram . logo após decapitarem Félix, com a mesma espada decapitaram o homem que tinha tido a ousadia de desafiar o decreto do imperador Diocleciano.

Nenhum dos presentes sabia dizer a identidade daquele homem. Por isso ele foi chamado somente de Adauto, que significa : Ajunto, esto é " aquele que recebeu junto com Félix a coroa do martírio".

Ainda segundo as narrativas, eles foram sepultados numa cripta do cemitério de Comodila, próxima da Basílica de São Paulo Fora dos Muros. O Papa Siríco transformou o lugar onde eles foram enterrados numa Basílica, que se tornou lugar de grande peregrinação de devotos até depois da Idade Média, quando o culto dedicado a eles foi declinado.

O cemitério e o túmulo de Félix e Adauto foram encontrados no ano de 1720, mas vieram a ruir logo em seguida, sendo novamente esquecidos e suas ruínas, abandonadas. Só em 1903 a pequena Basílica foi definitivamente restaurada.

Esses martírios permaneceram vivos na memória da Igreja Católica, que dedicou o mesmo dia a São Félix e Santo Adauto para as comemorações litúrgicas. Algumas fontes, mesmo, dizem que os dois Santos eram irmãos de sangue.

( Texto retirado do Aplicativo: Santo do Dia).   Por: Angela Alves.



sábado, 29 de agosto de 2015

SANTO DO DIA: JOANA MARIA DA CRUZ



              JOANA MARIA DA CRUZ

Joana nasceu numa aldeia de Cancale, França, em 25 de outubro de 1792. Seu pai era um pescador e morreu no mar quando ela tinha quatro anos. Logo conheceu a pobreza e começou a trabalhar como empregada num castelo. Sustentava a família enquanto ajudava os idosos abandonados e pobres. Joana era sensível à miséria dos idosos que encontrava nas ruas, dividindo com eles seu salário, o pão e o tempo de que dispunha.

Aos dezoito anos de idade, recusou uma proposta matrimonial de um jovem marinheiro, sinalizando: " Deus me quer para Ele". Aos vinte e cinco anos, deixou sua cidade para ser enfermeira no Hospital Santo Estevão. Nesse meio tempo. ingressou na Ordem Terceira fundada por São João Eudes.

Deixou o hospital em 1823 e foi residir e acompanhar a senhorita Lecoq, mais como amiga do que enfermeira, com quem ficou por doze anos. Com a morte da senhorita Lecoq, herdou suas poucas economias e a mobília. Assim, sozinha, associou-se à amiga Francisca Aubert e alugaram um apartamento, em 1839. Lá acolheu a primeira idosa, pobre,doente,sozinha,cega e paralítica. Depois dessa, seguiram-se muitas mais. Outras companheiras de Joana uniram-se a ela na missão e surgiu o primeiro grupo, formando uma associação para os pobres, sob a condução do vigário do Hospital São Estevão.

Em 1841, deixam o apartamento e alugam uma pequena casa que lhes permite acolher doze idosos doentes e abandonados. Sozinha, Joana inicia sua campanha junto a população para recolher auxílios, tarefa que cumprirá até a morte. Mas logo sensibiliza uma rica comerciante e com a ajuda consegue comprar um antigo convento. Ele se tornou a Casa-Mãe da Nascente Congregação das Irmãzinhas dos Pobres, sob a assistência da Ordem Hospedeira de São João de Deus, hábito que depois recebeu, tomando o nome de Joana Maria da Cruz. Adotando o voto de hospitalidade , imprimiu seu próprio carisma: " A doação como apostolado de caridade para com quem sofre por causa da idade, da pobreza, da solidão e outras dificuldades".

Assim foi o humilde começo da Congregação, que rapidamente se estendeu por vários países da Europa. Quando Joana morreu na França, em 29 de agosto de 1879, na Casa-Mãe de Pern, as irmãzinhas eram quase duas mil e quinhentas, com cento e setenta e sete Casa em dez países.

Em setembro de 1885, estabeleceram-se na América do Sul, fundando a primeira Casa na cidade de Valparaíso, no Chile, a qual logo foi destruída por um terremoto e reconstruída em Viña del mar. Atualizando-se às necessidades temporais, hoje são quase duzentas Casa em trinta e um países na Europa, América, África, Ásia e Oceania.

Uma obra fruto da visão da fundadora, Joana Jugan, Madre Joana Maria da Cruz, que " soube intuir as necessidades mais profundas dos anciãos e entregou sua vida a seu serviço", para ser festejada no dia de sua morte, como disse o Papa João Paulo II quando a beatificou em 1982.

( Texto retirado do Aplicativo: Santo do Dia).   Por: Angela Alves.












Comemoração: MARTÍRIO DE SÃO JOÃO BATISTA



        MARTÍRIO DE SÃO JOÃO BATISTA

"* Das Homílias de São Beda Venerável, presbítero ( Sec. VIII)

Precursor de Cristo no nascimento, da pregação e da morte do Senhor mostrou o vigor de seu combate, digno dos olhos divinos, como diz a Escritura: E se diante dos homens sofreu tormentos, sua esperança está repleta de imortalidade(cf. Sb 3,4). Temos razão de celebrar a festa do dia do nascimento daquele que se tonou solene para nós por sua morte , e o ornou com róseo fulgor de seu sangue. É justo venerarmos com alegria espiritual a memória de quem selou com o martírio o testemunho que deu em favor do Senhor.

Não há que duvidar, se São João suportou o cárcere e as cadeias, foi por nosso Redentor, de quem dera testemunho como precursor. Também por ele deu a vida. O perseguidor não lhe disse que negasse a Cristo, mas que calasse a verdade. No entanto morreu por Cristo.

Porque Cristo mesmo disse: Eu sou a verdade (Jo 14,6); por conseguinte, morreu por Cristo, já que derramou o sangue pela verdade. Antes, quando nasceu, pregou e batizou, dava testemunho de quem iria nascer, pregar, ser batizado. Também apontou para aquele que iria sofrer, sofrendo primeiro.

Um homem de tanto valor terminou a vida terrena pela efusão do sangue, depois do longo sofrimento da prisão. Aquele que proclamava o Evangelho da liberdade da paz celeste, foi lançado por ímpios às cadeias; foi fechado na escuridão do cárcere quem veio dar testemunho da luz e por esta mesma luz, que é Cristo, tinha merecido ser chamado de lâmpada ardente e luminosa. Foi batizado no próprio sangue aquele a quem tinha sido dado batizar o Redentor do mundo, ouvir sobre ele a voz do Pai, ver descer a graça do Espirito Santo. Contudo, para quem tinha conhecimento de que seria recompensado pelas alegrias perpétuas não era insuportável sofrer tais tormentos pela verdade, mas pelo contrário, fácil e desejável.

Considerava desejável aceitar a morte, impossível de evitar por força da natureza, junto com a palma da vida perene, por ter confessado o nome de Cristo. Assim disse bem o Apóstolo: Porque vos foi dado por Cristo não apenas crer nele , mas ainda sofrer por ele( FI 1,29). Diz ser dom de Cristo que os eleitos sofram por ele, conforme  diz também: Os sofrimentos desta vida não se comparam à futura glória que se revelará em nós (Rm 8,18)."


( Retirado: Fraternidade Toca de Assis).   Por: Angela Alves.




sexta-feira, 28 de agosto de 2015

VOCÊ FAZ PARTE DESSA CAMINHADA! VENHA COMEMORAR!

     
          NOTA DE AGRADECIMENTO

Eu, Angela Alves, queria deixar aqui , meu agradecimento a todos que abraçaram comigo esse pequeno projeto de evangelização. Começamos com poucos e hoje já somos milhares e quem sabe nos tornaremos milhões, o futuro a Deus pertence. Gostaria de comunicar que nosso blog só faz três meses em total dedicação aos seus leitores e que já está sendo visualizado por pessoas do Brasil, Romênia, França, Rússia, Polônia, Bélgica, Alemanha, Argentina, Austrália e Japão. Muitos ainda terão acessos a nossas postagens, em um futuro bastante promissor. Já foram ao todo, 11.430 visualizações. Que Benção de Deus! Só temos o que agradecer, pois estamos aqui somente fazendo e propagando o Bem. Continuem sempre que poderem dando uma olhadinha nas postagens, é muito bom conhecer a vida de pessoas que viveram e morreram por amor a Jesus Cristo, como já dizia  Papa Bento XVI:

" Os Santos manifestam de diversas formas a presença poderosa e transformadora do Ressuscitado; deixaram que Cristo se apoderasse tão plenamente da sua vida que puderam  afirmar com São Paulo:  Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim".
E não poderia hoje de citar uma frase belíssima do Santo que hoje a Igreja comemora, Santo Agostinho, para reafirmar o nosso compromisso com Jesus Cristo:

" Ser Cristão não é conquistar Cristo,
Mas deixar-se conquistar por Ele.
Deixar que Ele conquiste em ti,
que Ele conquiste para ti,
que Ele te conquiste".
E para finalizar o nosso querido Guia Espiritual Papa Francisco:

"Não tenhamos medo de passar a porta de fé em Jesus, de deixá-lo entrar sempre e cada vez mais em nossa vida, de sair dos nossos egoísmos e das nossas indiferenças para com os outros".
Papa Francisco também nos mostra a importância de usarmos Nossa Senhora e a Chama de " Mestra dos discípulos de Cristo":

" A Igreja, quando busca Cristo, bate sempre à casa da mãe e pede: ' Mostrai-nos Jesus' de Maria que se aprende o verdadeiro discipulado. E ,por isso , a Igreja sai em Missão sempre na esteira de Maria.Queridos amigos, viemos bater na à porta da casa de Maria. Ela abriu-nos, fez-nos entrar e nos aponta o seu Filho. Agora Ela nos pede: ' Fazei o que Ele Vos Disser'( Jo2,5). Sim, Mãe nos comprometemos a fazer o que Jesus nos disser! E o faremos com esperança, confiantes nas surpresas de Deus e cheios de alegria."( Homília de 24 de junho de 2013).

É com muita alegria que hoje me deito com o coração cheio de felicidade e com um gostinho de que estou no caminho certo, não tenho vergonha de propagar o meus Amor por Nossa Senhora e Seu Filho Jesus Cristo. Boa Noite e venham sempre dar uma espiadinha no nosso blog: caminharcommaria.blogspot.com


Angela Alves.









SANTO DO DIA: SANTO AGOSTINHO

   
                 SANTO AGOSTINHO

Aurélio Agostinho nasceu, no dia 13 de novembro de 354, na cidade de Tagaste, hoje região da Argélia, na África. Era o primogênito de Patrício, um pequeno proprietário de terras, pagão. Sua mãe, ao contrário, era uma devota cristã, que agora celebramos, como Santa Mônica, no dia 27 de agosto . Mônica procurou criar o filho no seguimento de Cristo. Não foi uma tarefa fácil. Aliás, ela até adiou o seu batismo, receando que ele o profanasse. Mas a exemplo do provérbio que diz " a luz não pode ficar oculta", ela entendeu que Agostinho era essa luz.

Aos dezesseis anos de idade, na exuberância da adolescência, foi estudar fora de casa. Na oportunidade, envolveu-se com a heresia maniqueísta e também passou a conviver com uma moça cartaginense, que lhe deu, em 372, um filho, Adeodato. Assim era Agostinho, um rapaz inquieto, sempre envolvido em paixões e atitudes contrárias aos ensinamentos da mãe e dos cristãos. Possuidor de uma inteligência rara, depois da fase de desmandos da juventude centrou-se nos estudos e formou-se, brilhantemente, em retórica. Excelente escritor, dedicava-se à poesia e à Filosofia.

Procurando maior sucesso, Agostinho foi para Roma, onde abriu uma escola de retórica. Foi convidado para ser professor dessa matéria e de gramática em Milão. O motivo que o levou a aceitar o trabalho em Milão era poder estar perto do agora Santo Ambrósio, poeta e orador, por quem Agostinho tinha enorme admiração. Assim, passou a assistir aos seus sermões. Primeiro, seu interesse era só pelo conteúdo literário da pregação; depois, pelo conteúdo filosófico e doutrinário. Aos poucos, a pregação de Ambrósio tocou seu coração e ele se converteu, passando a combater a heresia maniqueísta e outras que surgiram. Foi batizado, junto com o filho Adeodato, pelo próprio Bispo Ambrósio, na Páscoa do ano de 387. Portanto , com trinta e três e quinze anos de idade, respectivamente.

Nessa época, Agostinho passou por uma grande provação: seu filho morreu. Era um menino muito inteligente, a quem dedicava muita atenção e afeto. Decidiu, pois, voltar com a mãe para sua terra natal, a África, mas Mônica também veio a falecer, no porto de Óstia, não muito distante de Roma. Depois do sepultamento da mãe, Agostinho prosseguiu a viagem, chegando a Tagaste em 388. Lá, decidiu-se pela vida religiosa e, ao lado de alguns amigos , fundou uma comunidade monástica, cujas Regras escritas por ele deram, depois, origem a várias Ordens , femininas e masculinas. Porém, o então Bispo de Hipona decidiu que " a luz não devia ficar oculta" e convidou Agostinho para acompanhá-lo em suas pregações, pois já estava velho e doente. Pra tanto ele consagrou Agostinho sacerdote e, logo após a sua morte, em 397, Agostinho foi aclamado pelo povo como novo Bispo de Hipona.

Por trinta e quatro anos Agostinho foi Bispo daquela diocese, considerado o pai dos pobres, um homem de alta espiritualidade e um grande defensor da doutrina de Cristo. Na verdade, foi definido como o mais profundo e importante filósofo e teólogo do seu tempo. Sua obra iluminou quase todos os pensadores dos séculos seguintes. Escreveu livros importantíssimos, entre eles sua autobiografia, " Confissões", e " Cidade de Deus".

Depois de uma grave enfermidade, morreu amargurado, aos setenta e seis anos de idade, em 28 de agosto de 430, pois os bárbaros haviam invadido sua cidade episcopal. Em 725, o seu corpo foi transladado para Pavia, Itália, sendo guardado na Igreja São Pedro do Céu de Ouro, próximo do local de sua conversão. Santo Agostinho recebeu o honroso título de doutor da Igreja e é celebrado no dia de sua morte.

( Texto retirado do Aplicativo: Santo do Dia).      Por: Angela Alves.






quinta-feira, 27 de agosto de 2015

SANTO DO DIA: SANTA MÔNICA



                        SANTA MÔNICA

Mônica nasceu em Tagaste, atual Argélia, na África, no ano de 331, no seio de uma família cristã. Desde muito cedo dedicou sua vida a ajudar os pobres, que visitava com frequência , levando o conforto por meio da Palavra de Deus. Teve uma vida muito difícil. O marido era um jovem pagão muito rude, de nome Patrício, que a maltratava. Mônica suportou tudo em silêncio e mansidão. Encontrava o consolo nas orações que elevava a Cristo e à Virgem Maria pela conversão do esposo. E Deus recompensou sua dedicação, pois ela pôde assistir ao batismo do marido, que se converteu sinceramente um ano antes de morrer.

Tiveram dois filhos, Agostinho e Navígio, e uma filha, Perpétua, que se tornou religiosa. Porém Agostinho foi sua grande preocupação, motivo de amarguras e muitas lágrimas. Mesmo dando bons conselhos e educando o filho nos princípios da religião cristã, a vivacidade, inconstância e o espírito de insubordinação de Agostinho fizeram que a sábia mãe adiasse o seu batismo, com receio que ele profanasse o sacramento.

E teria acontecido, porque Agostinho, aos dezesseis anos, saindo de casa para continuar os estudos, tomou o caminho dos vícios. O coração de Mônica sofria muito com as notícias dos desmandos do filho e por isso redobrava as orações e penitências. Certa vez, ela foi pedir os conselhos do Bispo, que a consolou dizendo: " Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas".

Agostinho tornou-se um brilhante professor de retórica em Catargo. Mas, procurando fugir da vigilância da mãe aflita, às escondidas embarcou em um navio para Roma, e depois para Milão, onde conseguiu o cargo de professor oficial de retórica.

Mônica, desejando a todo custo ver a recuperação do filho, viajou também para Milão, onde, aos poucos, terminou seu sofrimento. Isso porque Agostinho, no início por curiosidade e retórica, depois por interesse espiritual, tinha se tornado frequentador dos envolventes sermões de Santo Ambrósio. Foi assim que Agostinho se converteu e recebeu o batismo, junto com seu filho Adeodato. Assim, Mônica colhia os frutos de suas orações e de suas lágrimas.

Mãe e filho decidiram voltar para a terra natal, mas, chegando ao porto de Óstia, perto de Roma, Mônica adoeceu e logo depois faleceu. Era 27 de agosto de 387 e ela tinha cinquenta e seis anos.

O Papa Alexandre III confirmou o tradicional culto a Santa Mônica, em 1153, quando a proclamou Padroeira das Mães Cristãs. A sua festa deve ser celebrada no mesmo dia em que morreu. O seu corpo, venerado durante séculos na Igreja de santa Áurea, em Óstia, em 1430 foi transladado para Roma e depositado na Igreja de Santo Agostinho.

( Texto retirado do Aplicativo: Santo do Dia).   Por: Angela Alves.





quarta-feira, 26 de agosto de 2015

SANTO DO DIA: SÃO ZEFERINO




                                               SÃO ZEFERINO

O Papa Zeferino exerceu um dos pontificados mais longos da Igreja de Cristo, de 199 a 217. E os únicos dados de sua vida registrados declaram que: depois do Papa Vitor, de origem africana, clero e povo elegeram para a Catédra de Pedro um romano, Zeferino, filho de um certo Abôndio.

Zeferino foi o 14º Papa substituir São Pedro. Enfrentou um período difícil e tumultuado, com perseguições para os cristãos e de heresia entre eles próprios, que abalavam a Igreja mais do que os próprios martírios. As heresias residiam no desejo de alguns em elaborar só com dados filosóficos o nascimento, a vida e a morte de Jesus Cristo. A confusão era generalizada, uns negavam a divindade de Jesus Cristo, outros se apresentavam como a própria revelção do Espírito Santo, profetizando e pregando o fim do mundo.

Mas o Papa Zeferino, que não era teólogo, foi muito sensato e, amparado pelo poder do Espírito Santo, livrou-se dos hereges. Para isso uniu-se aos grandes sábios da época, como Santo Irineu, Hipólito e tertuliano, dando um fim ao tumulto e livrando os cristãos da mentira e dos rigorismos.

O Papa Zeferino era dotado de inspiração e visão especial. Seu grande méritofoi ter valorizado a capacidade de Calisto, um pagão convertido e membro do clero romano, que depois foi seu sucessor. Ele determinou que Calisto organizasse cemitérios cristãos separados daqueles dos pagãos. Isso porque os cristãos não aceitavam cremar seus corpos e também queriam estar livres para tributarem o culto aos mártires.

O Papa Zeferino conseguiu que as nobres famílias cristãs, possuidoras de tumbas amplas e profundas, transferissem-nas para a Igreja. Assim, Calisto começou a fazer galerias subterrâneas ligando umas às outras e, nas laterais, foi abrindo túmulos para os cristãos e para os mártires. Todo esse complexo deu origem às catatumbas, mais tarde chamadas de catatumbas de Calisto.

Esse foi o longo pontificado de Zeferino, encerrado pela intensificação às perseguições e pela proibição das atividades da Igreja, imposta pelo Imperador Sétimo Severo.

O Papa São Zeferino, foi martirizado junto com o Bispo Santo Irineu, em 217, e foi sepultado numa capela nas catatumbas que ele mandou construir em Roma, Itália.


( Texto retirado do Aplicativo: Santo do Dia).     Por: Angela Alves.






        

terça-feira, 25 de agosto de 2015

SANTO DO DIA: SÃO LUIZ IX DA FRANÇA




              SÃO LUIZ IX DA FRANÇA

Luiz IX, rei da França, nasceu no dia 25 de abril de 1215, no castelo real de Poissy. Era filho de Luis VIII e de Branca de Castela, ambos piedosos e zelosos, que o cercaram de cuidados, especialmente após a morte do primogênito . Trataram pessoalmente da sua educação e formação religiosa. Foram tão bem sucedidos que Luiz IX tornou-se um dos soberanos mais benevolentes da história, um fervoroso cristão e fiel a Igreja.

Com a morte prematura do seu pai em 1226, a rainha sua mãe, uma mulher caridosa, de grandes dotes morais, intelectuais e espirituais, tutelou o filho, que foi coroado rei Luiz IX, pois ele era muito novo para dirigir uma corte sozinho. Tomou as rédeas do poder e manteve o filho longe de uma vida de depravação e de pecado, tão comum das cortes. Mas Luiz , já nessa idade, possuía as virtudes que o levaram à santidade- a piedade e a humildade-, e que o fizeram o modelo de "rei católico".

Em 1235, casou-se com Margarida de Provença, uma jovem princesa, que, assim como ele, cultivava grandes virtudes. O marido reinou com justiça e solidariedade. Possuía um elevado senso de piedade, incomum aos nobres e poderosos de sua época. Tinha coração e espírito sempre voltados para as coisas e deus, lia com frequência a Sagrada Escritura e as obras dos santos Padres e aconselhava-se a todos os seus nobres da Corte. Com o auxílio da rainha, fundou Igrejas, conventos, hospitais, abrigos para os pobres, órfãos,velhos e doentes. O casal real teve dez filhos, todos educados como eles e por eles. E o resultado dessa firma educação cristã foram reis e rainhas de muitas cortes, que governaram com sabedoria, prudência e caridade.

Depois de ter adquirido de Balduíno II, imperador de Constantinopla, a coroa de espinhos de Cristo, que segundo a tradição, era a mesma usada na cabeça de Jesus, ele mandou erguer uma belíssima Igreja para abrigá-la numa redoma de cristal. Trata-se da belíssima Sainte-Chapelle, que pode ser visitada em Paris.

Acometido de uma grave doença, em 1245 Luiz IX quase morreu. Então, fez uma promessa: caso sobrevivesse, empreenderia uma cruzada contra os turcos mulçumanos que ocupavam a Terra santa. Quando recuperou a saúde, em 1248, apesar das oposições da Corte, cumpriu o que havia prometido. Preparou um grande exército e, por várias vezes, comandou as cruzadas para a Terra Santa. Mas em nenhuma delas teve êxito. Primeiro, foi preso pelos mulçumanos, que o mantiveram no cativeiro durante seis anos. Depois, numa outra investida, quando se aproximava de Tunis, foi acometido pela peste e ali morreu, no dia 25 de agosto de 1270.

Os cruzados voltaram para a França trazendo o corpo do rei Luiz IX, que já tinha fama e odor de santidade. O seu túmulo tornou-se um local de intensa peregrinação, onde vários  milagres foram observados. Assim, em 1297 o Papa Bonifácio VIII declarou Santo Luiz IX, rei da França , mantendo o culto já existente no dia de sua morte.

( Texto retirado do Aplicativo: Santo do Dia).     Por:  Angela Alves.








segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Santo do Dia: SÃO BARTOLOMEU,APÓSTOLO.




                  SÃO BARTOLOMEU

Bartolomeu, também chamado Natanael, foi um dos  doze apóstolos de Jesus. É assim descrito nos Evangelhos de João,Mateus,Marcos e Lucas, e também nos Atos dos Apóstolos.

Bartolomeu nasceu em Caná, na Galiléia, uma pequena aldeia a quatorze quilômetros de Nazaré. Era filho do agricultor Thomai. No Evangelho, ele também é chamado de Natanael. Em hebraico , a palavra "bar" quer dizer "filho" e "tholmai"  significa "agricultor". Por isso os historiadores são unânimes em afirmar que bartolomeu-Natanael trata-se de uma só pessoa. Seu melhor amigo era Filipe e ambos eram viajantes. Foi apóstolo Filipe que o apresentou ao Messias.

Até esse seu primeiro encontro com Jesus, Bartolomeu era cético e, as vezes, irônico com relação às coisas de Deus. Porém, depois de convertido, tornou-se um dos apóstolos mais ativos e presentes na vida pública de Jesus. Mas a melhor descrição que temos de Bartolomeu foi feita pelo próprio Mestre: " Aqui está um verdadeiro israelita, no qual não há fingimento".

Ele teve o privilégio de estar ao lado de Jesus durante quase toda a missão do Mestre na terra. Compartilhou seu cotidiano, presenciou seus milagres, ouviu seus ensinamentos, viu Cristo ressuscitado nas margens do lago de Tiberíades e, final,ente, assistiu sua ascensão ao céu.

Depois de Pentecostes, Bartolomeu foi pegar a Boa-Nova. Encerradas essas narrativas dos Evangelhos Históricos, entram as narrativas dos apócrifos, isto é, das antigas tradições. A mais conhecida é da Armênia, que conta que Bartolomeu foi evangelizar as regiões da Índia, Armênia Menor e Mesopotâmia.

Superou dificuldades incríveis, de idioma e cultura, e converteu muitas pessoas e várias cidades à fé do Cristo, pregando Segundo o Evangelho de  São Mateus. Foi na Armênia, depois de converter o rei Polímio, a esposa e mais doze cidades, que eles teria sofrido o martírio , motivado pela inveja dos sacerdotes pagãos, os quais insuflaram Astiages, irmão do rei, e conseguiram uma ordem para matar o apóstolo. Bartolomeu foi esfolado vivo e, como não morreu, foi decapitado. Era dia 24 de agosto de 51.

A Igreja comemora São Bartolomeu Apóstolo no dia de sua morte. Ele se tornou o modelo para quem se deixa conduzir pelo outro ao Senhor Jesus Cristo.

( Texto retirado do Aplicativo: Santo do Dia).   Por: Angela Alves.





domingo, 23 de agosto de 2015

SANTO DO DIA: SANTA ROSA DE LIMA



                 SANTA ROSA DE LIMA


Isabel Flores y de Oliva nasceu na cidade de Lima, capital do Peru, no dia 20 de abril de 1586. A décima dos treze filhos de Gaspar Flores e Maria de Oliva. À medida que crescia com o rosto rosado e belo, recebeu dos familiares o apelido de Rosa, como ficou conhecida. Seus pais eram ricos espanhóis que se haviam mudado para a próspera colônia do Peru, mas os negócios declinaram e eles ficaram na miséria.

Ainda criança, Rosa teve grande inclinação à oração e à meditação, sendo dotada de dons especiais de profecia. Já adolescente , enquanto rezava diante da imagem da Virgem Maria, decidiu entregar sua vida somente a Cristo. Apesar dos apelos da família, que contava com sua ajuda para o sustento, ela ingressou na Ordem Terceira Dominicana , tomando como exemplo de vida Santa Catarina de Sena. Dedicou-se, então, ao jejum, às severas penitências e à oração contemplativa, aumentando seus dons de profecia e prodígios. E, para perder a vaidade, cortou os cabelos e engrossou as mãos , trabalhando na lavoura com os pais.

Aos vinte anos, pediu o obteve licença para emitir os votos religiosos em casa e não no convento, como terciária dominicana. Quando vestiu o hábito e se consagrou, mudou o nome para Rosa e acrescentou Santa Maria, por causa de sua grande devoção à Virgem Maria, passando a ser chamada Rosa de Santa Maria.

Construiu uma pequena cela no fundo do quintal da casa de seus pais, levando uma vida de austeridade, de mortificação e de abandono à vontade de deus. A partir do hábito, ela imprimiu ainda mais rigor à penitências. Começou  a usar, na cabeça, uma coroa de metal espinhento, disfarçada com botões de rosas. Aumentou os dias de jejum e dormia sobre uma tábua com pregos. Passou a sustentar a família com rendas e bordados que fazia, pois seu confessor consentiu que ela não saísse mais de sua cela, exceto para receber a eucaristia. Vivendo em contínuo contato com Deus, atingiu um alto grau de vida contemplativa e experiência mística, compreendendo em profundidade o mistério da Paixão e Morte de Jesus.

Rosa cumpriu sua vocação, devotando-se à eucaristia e à Virgem Maria, cuidando para afastar o pecado do seu coração, conforme a espiritualidade da época. Aos trinta anos de idade, foi acometida por uma grave doença, que lhe causou sofrimentos e danos físicos. Assim, retirou-se para a casa de sua benfeitora, Maria de Uzátegui, agora  Mosteiro de santa Rosa, para cumprir a profecia de sua morte.
Todo ano, ela passava o Dia de São Bartolomeu em oração, pois, dizia: " este é o dia das minhas núpcias eternas". E assim foi, até morrer no dia 24 de agosto de 1617. O seu sepultamento parou toda a cidade de Lima.

Muitos milagres aconteceram por sua intercessão após sua morte. Rosa foi beatificada em 1667 e tornou-se a primeira Santa da América Latina  ao ser canonizada, em 1671, pelo Papa Clemente X. Dois anos depois, foi proclamada Padroeira da América Latina, das Filipinas e das Índias Orientais, com a festa litúrgica marcada para o dia 23 de agosto. A devoção a Santa Rosa de Lima propagou-se rapidamente nos países latino-americanos, sendo venerada pelos fiéis como Padroeira dos Jardineiros e dos Floristas.

( Texto retirado do Aplicativo: Santo do Dia).    Por: Angela Alves





sábado, 22 de agosto de 2015

22 de agosto: NOSSA SENHORA RAINHA

    

      22 de agosto - NOSSA SENHORA RAINHA

"  O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo vai te cobrir com sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus". Disse, então, Maria: " Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra". ( Lc. 1,37-38 ).

Ainda Lucas, nos Atos dos Apóstolos, coloca Maria no meio dos Apóstolos, recolhida com eles em oração. Ela constitui o vínculo que mantém unidos ao Ressuscitado aqueles homens ainda não robustecidos pelos dons do Espírito Santo. Pois a sua extraordinária humildade e fé total na Palavra do Anjo, que fez descer sobre a Terra um Deus ainda mais humilde do que ela. E, através de suas virginais virtudes e pureza de coração, Maria ficou ainda mais próxima de seu Filho.

Maria é Rainha, porque é a Mãe de Jesus Cristo, o Rei. Ela é a Rainha porque supera todas as criaturas em Santidade. " Ela encerra em si toda a bondade das criaturas"., diz Dante Alighieri, na Divina Comédia.

Tudo que se refere ao Messias traz a marca da divindade. Assim, todos os cristãos veem, em maria, a superabundante generosidade do amor divino, que a acumulou de todos os bens. A Igreja convida o povo, a invocá-la não só com o nome de Mãe, mas também com aquele de Rainha, porque ela foi coroada com o duplo diadema, de virginidade e de maternidade divina.

A Virgem Maria Rainha, resplandece em todos os tempos, no horizonte da Igreja e do mundo, como sinal de consolação e de esperança segura para todos os cristãos, já cobertos pela dignidade real do Senhor através do Batismo.

O Papa Pio XII instituiu em 1955 a festa da Virgem Maria Rainha , como consequência daquela de Cristo Rei. Inicialmente era celebrada no dia 31 de maio, mês de maria, encerrando as comemorações com o coroamento desta singular devoção. O dia 22 de agosto era reservado à homenagem ao Coração Imaculado de Maria. Mas a Igreja, desejando aproximar a festa da realeza de Maria à da sua Gloriosa Assunção ao Céu, inverteu estas datas a partir da última reforma do seu calendário litúrgico em 1969.

( Texto de Formação de Mosenhor André Sampaio, Prior da OESSJ LUGARTENÊNCIA Rio de Janeiro- Brasil). Espiritualidade da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém.


Por: Angela Alves.





sexta-feira, 21 de agosto de 2015

SANTO DO DIA: SÃO PIO X



                        SÃO PIO X                 

Seu nome de batismo era José Melquior Sarto, oriundo de família humilde e numerosa, mas de vida no seguimento de Cristo. Nasceu numa pequena aldeia de Riese, na diocese de Treviso, no norte da Itália, no dia 2 de junho de 1835.
Desde cedo, José demonstrava ser muito inteligente e, por causa disso, seus pais fizeram grande esforço para que ele estudasse. Todos  os dias, durante quatro anos, o menino caminhava com os pés descalços por quilômetros a fio, tendo mo bolso apenas um pedaço de pão para o almoço. E desde criança manifestou sua vontade de ser padre.

Quando seu pai faleceu, sua mãe, Margarida, uma camponesa corajosa e pia, não permitiu que ele abandonasse o caminho escolhido para auxiliar no sustento da casa. Ficou no Seminário e, aos vinte anos, recebeu a ordenação sacerdotal com mérito nos estudos. Teve uma rápida ascensão dentro da Igreja. Primeiro, foi o vice-vigário em uma pequena aldeia, depois Vigário de uma importante paróquia, Cônego da Catedral de Treviso, Bispo da Diocese de Mântua, Cardeal de Veneza e, após a morte do grande Papa Leão XIII, foi eleito se sucessor, com o nome de Pio X, em 1903.

No Vaticano, José Sarto continuou sua vida no rigor da simplicidade, modéstia e pobreza. Surpreendeu o mundo católico quando adotou como lema de seu pontificado " Restaurar as coisas em Cristo". Tal meta traduziu-se em vigilante atenção à vida interna da igreja. 
Realizou algumas renovações dentro da Igreja, criando bibliotecas eclesiásticas e efetuando reformas nos seminários. Pelo grande amor que dispensava à música sagrada, renovou-a. Reformou, também, o breviário. Sua intensa devoção à eucarístia permitiu que os fiéis pudessem receber a comunhão diária, autorizando, também, que a primeira comunhão fosse ministrada às crianças a partir dos sete anos de idade. Instituiu o ensino do catecismo em todas as paróquias e para todas as idades, como caminho para recuperar a fé, e impôs-se fortemente contra o modernismo., Outra importante característica de sua personalidade era a bondade suave e radiante que todos notavam e sentiam na sua presença.

Pio X não foi apenas um teólogo. Foi pastor dedicado e, sobretudo, extremamente devoto, que sentia satisfação em definir -se como " um simples pároco do campo". Ficou muito amargurado quando previu a Primeira Guerra Mundial e sentiu a impotência de nada poder fazer para que ela não acontecesse . Possuindo o dom da cura, ainda em vida intercedeu em vários milagres. Consta dos relatos que as pessoas doentes que tinham contato com ele se curavam. Discorrendo sobre tal fato, ele mesmo explicava como sendo " o poder das chaves de São Pedro". Quando alguém o chamava de " padre santo", ele corrigia sorrindo: " Não se diz santo, ,as Sarto", numa alusão ao seu sobrenome de família.

No dia 20 de agosto de 1914, aos setenta e nove anos, Pio X morreu. O povo, de imediato passou a venerá-lo como um santo. Mas só em 1954, ele foi oficialmente canonizado.

( Texto retirado do Aplicativo: Santo do Dia).     Por: Angela Alves.






quinta-feira, 20 de agosto de 2015

SANTO DO DIA: SÃO BERNARDO DE CLARAVAL



          SÃO BERNARDO DE CLARAVAL

" 20 de agosto Bernardo de Claraval nasceu em Fontaine-lés-Dijon, Dijon, França, em 1090. Era filho de um vassalo do duque de Borgonha, ingressou em 1112 no mosteiro de Citeaux( Cister), onde se tornou monge. Encarregado pelos abade S. Harding de encontrar um lugar para fundar um novo mosteiro. indicou Clairvaux ( Claraval), que em pouco tempo, sob sua direção, tornou-se o mais importante centro monástico cisterciense, com numerosos ramificações em toda a França. Defensor de uma rigorosa reforma da Igreja baseada na volta à pobreza evangélica, ao trabalho manual e à oração, Bernardo de Claraval participou também dos conflituosos fatos históricos de sua época, dividido até o fim de sua vida entre contemplação e ação, dialética que percorre ainda a múltipla variedade dos seus escritos. Durante o cisma (1130) entre o anti Papa Inocêncio II, tomou a decidida defesa deste último, acompanhando-o em suas viagens à França, Alemanha e Itália, granjeando-lhe a confiança e a adesão do rei da França, Luís VI, do rei da Inglaterra, Henrique I, e de outros governantes europeus. Lutou contra Arnaldo de Brescia, recusando-se a compartilhar o modo como este  denunciava os males da Igreja, especialmente a riqueza do clero.

Quando um discípulo, Eugênio III, foi eleito Papa, dirigiu a ele o tratado " De consideratione" ( Da consideração), em cinco livros, sobre os métodos para governar a Igreja. Foi justamente Eugênio III quem confiou a Bernardo de Claraval a pregação da segunda cruzada, anunciada em 1146 e malograda dois anos depois. No plano doutrinal, Bernardo combateu Abelardo e Gilberto de la Porée, desenvolvendo com eles uma polêmica apaixonada, não desprovida de tons bruscos e violentos, Bernardo faleceu em Claraval, 1153, foi canonizado pelo Papa Alexandre III (1174), foi proclamado Doutor da Igreja pelo papa Pio VIII, em 1830.

A teologia de bernardo de Claraval, ligada à tradição e às fontes patrísticas, revela-se profundamente embebida de sentido bíblico. A escritura é para ele a palavra de Deus vivo na Igreja, a história da revelação do amor de Deus em Cristo e, como tal, é mais objeto de oração do que de estudo . Derivam daí não apenas uma espécie de experiência religiosa da Bíblia , que o leva uma compreensão vivida de tudo o que ela contém, mas sobretudo o pathos e a poesias presentes em seus numerosos comentários da Bíblia. Seu programa de vida espiritual pode ser caracterizado como um itinerário que leva do pecado à glória, do conhecimento de si ao retorno a deus: um " retorno a Deus" que se realiza a partir da humildade, ou antes do reconhecimento da própria miséria e pobreza.

Espírito contemplativo dos mais originais, Bernardo de Claraval é considerado o doutor do monaquismo cisterciense (Doutor Melífluo) , do qual estabeleceu em fórmulas definitivas o ideal de vida que viria a progredir tanto nos séculos seguintes. Dentre suas obras, devem ser lembradas sobretudo os " Sermones" (Sermões) e os tratados " De diligendo Deo" ( Do anor divino) e "De gradibus humilitatis et superbiae" (Graus da humildade e da soberba), além de um copioso epistolário com cerca de 500 cartas. A invocação da salve Rainha, é fruto de sua profunda e apaixonada devoção a Nossa Senhora: " Ó Clemente, ó Piedosa, ó Doce Virgem Maria". "


( Texto retirado: Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém-RJ).   Por: Angela Alves. 






quarta-feira, 19 de agosto de 2015

SANTO DO DIA: SÃO JOÃO EUDES.

           
                   SÃO JOÃO EUDES

"João Eudes nasceu, em 14 de novembro de 1601, na pequena Vila de Ri, próxima de Argentan, no norte da França. Era o primogênito de Isaac e Marta, que tiveram sete filhos. Cresceu num clima familiar profundamente religioso.

Inicialmente, estudou no Colégio Real de "Dumont", em Caen, dos padres jesuítas. Nos intervalos das aulas, costumava ir à capela rezar, deixando as brincadeiras para o segundo plano. Na adolescência, por sua grande devoção a Maria, secretamente consagrou-se a Ela. Depois, sentindo sua vocação religiosa, foi aconselhado a terminar os estudos antes de ordenar-se sacerdote.

Em 1623, com o consentimento dos pais, foi para Paris, onde ingressou na Consagração do Oratório, sendo recebido pelo próprio fundador, o cardeal Pedro de Bérulle. Dois anos depois, recebeu sua ordenação, dedicando-se integralmente à pregação entre o povo. Pleno do carisma dos oratorianos, centrados no amor a Cristo, e de sua especial devoção a Maria, passou ao ministério de pregação entre o povo. Visitou vilas e cidades de Ile de França, Bolonha, Bretanha e da sua própria região de origem, a Normandia.

Nessa última, quando, em 1627, ocorreu a epidemia da peste, João percorreu quase todas , principalmente as vilas mais distantes e esquecidas. Como sensível pregador, levou a Palavra de Cristo, dando assistência aos doentes e suas famílias. Nunca temeu o contágio. Costumava dizer, em tom de brincadeira, que de sua pele até a peste tinha medo. Mas temia pela integridade daqueles que viviam à sua volta, que , ao seu contato, poderiam ser contagiados.

Por isso não entrava em casa e à noite dormia dentro de um velho barril abandonado ao lado do paiol. Inconformado com o contexto social que evoluía perigosamente, no qual as elites dos intelectuais valorizavam a razão e desprezavam a fé, João Eudes, sabendo interpretar esses sinais dos tempos, fundou, em 1643, a Congregação de Jesus e Maria com um grupo de sacerdotes de Caen que se uniram a ele. A missão dos eudianos é a formação espiritual e doutrinal dos padres e seminaristas e a pregação evangélica inserida nas necessidades espirituais e materiais do povo. Além de difundir, por meio dessas missões, a devoção aos Sagrados Corações de Jesus e Maria.

Seguindo esse pensamento, também fundou a Congregação Nossa Senhora da Caridade do Refúgio, para atender às jovens que se desviavam pelos caminhos da vida e ás crianças abandonadas. A Ordem deu origem, no século XIX, à Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor, conhecia como as irmãs do Bom Pastor.

Com os seus missionários, João dedicou-se à pregação de missões populares , num ritmo de trabalho simplesmente espantoso. As regiões atingidas pelo esforço dos seus missionários foram aquelas que mais resistiram ao vendaval anti-religioso da Revolução Francesa.

Coube a João Eudes a glória de ter sido o precursor do culto da devoção dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria. Para isso, ele próprio compôs missas e ofícios, festejando, pela primeira vez, com um culto litúrgico do Coração de Maria em 1648, e do Coração de Jesus em 1672. Hoje, essas venerações fazem parte do calendário da Igreja.

Morreu em Caen, norte da França, no dia 19 de agosto  de 1680, deixando uma obra escrita de grande valor teológico pela clareza e profundidade. Foi canonizado pelo Papa Pio XII em 1925. A festa de São João Eudes comemora-se no dia de sua morte."

( Texto retirado do Aplicativo: Santo do Dia).        Por: Angela Alves.





                  

terça-feira, 18 de agosto de 2015

SANTO DO DIA: SANTA HELENA



                                              SANTA HELENA

Flávia Júlia Helena, esse era seu nome completo. Nasceu em meados do século III, na Bitínia, Ásia Menor. Era descendente de uma família pebléia e tornou-se uma bela jovem, inteligente e bondosa. Trabalhava numa importante hospedaria na sua cidade natal quando conheceu o tribuno Constâncio Cloro. Apaixonados. Mas quando o imperador Maximiano nomeou-o co-regente, portanto seu sucessor, exigiu que ele abandonasse Helena e se casasse com sua enteada Teodora. Isso era possível porque a lei romana não reconhecia o casamento entre nobres e plebeus.

O ambicioso Constâncio obedeceu. Entretanto levou consigo para Roma o filho Constantino, que nascera em 274 da união com Helena, que ficou separada do filho por quatorze anos. Com a morte do pai em 306, Constantino mandou buscar a mãe para junto de si na Corte. Ela já se havia convertido e tornado uma cristã fervorosa e piedosa.

O jovem Constantino, auxiliado pela sabedoria de Helena, conseguiu assumir o trono como o legítimo sucessor do pai. Primeiro, tornou-se governador; depois, o supremo e incontestável imperador de Roma , recebendo o nome de Constantino, o Grande. Para tanto, teve de vencer seu pior adversário, Maxêncio, na histórica batalha travada, em 312, às portas de Roma.

Conta a história que, durante a batalha contra Mexêncio, seu exército estava em desvantagem. Influenciado por Helena, que tentava convertê-lo, Constantino teve uma visão. Apareceu-lhe uma cruz luminosa no céu com os seguintes dizeres: " Com este sinal vencerás". Imediatamente, mandou pintar a cruz em todas as bandeiras e, milagrosamente, venceu a batalha. Nesse mesmo dia, o imperador mandou cessar, imediatamente, toda e qualquer perseguição contra os cristãos e editou o famoso decreto de Milão, em 313, pelo qual concedeu liberdade de culto aos cristãos e deu a Helena o honroso título de "Augusta".

Helena passou a dedicar-se à expansão da evangelização e crescimento do cristianismo em todos os domínios romanos, às custas do Império, patrocinou a construção de Igrejas Católicas nos lugares dos templos pagãos, de mosteiros de monges e monjas e ajudou a organizar as obras de assistência aos pobres e doentes. Depois, apesar de idosa e cansada, foi em peregrinação para a Palestina, visitar os lugares da Paixão de Cristo. Lá supervisionou a construção das importantes Basílicas erguidas nos lugares Santos, dentre elas a da Natividade e a do Santo Sepulcro, que existem até hoje.
Conta a tradição que Helena ajudou, em Jerusalém, o Bispo Macário a identificar a verdadeira cruz de Jesus, quando as três foram encontradas. Para isso, levaram ao local uma mulher agonizante , que se curou milagrosamente ao tocar aquela que era a verdadeira.

Pressentindo que o fim estava próximo, voltou para junto de seu filho, Constantino, morrendo em seus braços, aos oitenta anos de idade, num ano incerto entre 328 e 330. O culto a santa Helena, celebrado no dia 18 de agosto, é um dos mais antigos da Igreja Católica. Algumas de suas relíquias são veneradas na Basílica dedicada a ela em Roma.

( Texto retirado do Aplicativo: Santo do Dia).     Angela Alves.



segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O BICENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE DOM BOSCO . GABRIELCHALITA.COM.BR/ POR ANGELA ALVES



           OS 200 ANOS DE DOM BOSCO

( Por Gabriel Chalita ( Fonte: Diário de S. Paulo ) Data: 16/08/2015.

"João Bosco nasceu em 16 de agosto de 1815. Hoje, comemora-se seu bicentenário . O Papa João Paulo II, no centenário de sua morte, proclamou-o "Pai e Mestre da Juventude". Sua História explica as razões.

Órfão de pai aos dois anos de idade, foi sua mãe, Margarida, analfabeta como o pai, a sua mestra inspiradora. se lhe faltava a cultura dos livros, sobravam-lhe bondade e fé. O pequeno João trabalhou como sapateiro, ferreiro, carpinteiro. Caminhava, diariamente, 20 quilômetros para chegar à escola. Não poucas vezes ia de pés descalços, para economizar calçados. Mas, não reclamava. Sempre cultivou a alegria como um valor fundamental na vida.

Aos 9 anos, teve um sonho. Nesse sonho, via alguns jovens brincando alegres, dançando, partilhando a amizade, e outros brigando. Ele se dirige aos que estão brigando e pede que parem de se agredir. Como não é atendido, resolve se impor, batendo nos jovens. Em meio às brigas, Um homem surge e diz a ele: " Não será com pancadas que transformarás esses jovens em amigos. Trata-os com bondade! Mostra-lhes quão bela é a virtude e quão desprezível  é o vicio".

Esse sonho nunca foi esquecido por Dom Bosco. Quando manifestou  seu desejo de ser padre, assim explicou: " Quando crescer, quero ser padre para cuidar dos meninos. Todo menino é bom; se há meninos maus, é por que não há quem cuide deles".

Dom Bosco acreditava profundamente nisso. Não há como imaginar que Deus tenha feito alguns para serem bons e outros para serem maus. Tudo é uma questão do cuidar. Dizia ainda: " Em todo jovem, mesmo no mais infeliz, há um ponto acessível ao bem, e a primeira obrigação do educador é buscar esse ponto, essa corda sensível do coração  e tirar bom proveito".  Ele dizia e vivia esses conceitos. Toda sua vida foi dedicada a esse sonho de cuidar dos jovens, principalmente daqueles que ninguém queria cuidar.

Certa vez um sacristão pede a um menino que estava na Igreja que o ajude na missa. Quando fica sabendo que o menino não sabia o que fazer, resolve expulsá-lo. Dom Bosco acolhe o jovem e explica ao sacristão que ele era seu amigo. Conversa com o menino, fica sabendo seu nome, que não tinha pai e nem mãe, e que não sabia escrever. E o convida para vir toda semana e que traga outros jovens. Assim começa sua obra. Em pouco tempo, eram 200. Depois 400. Eram expulsos de onde moravam. Tinham que buscar outros espaços. A cidade se dividia. Os que apoiavam achavam que somente ele poderia controlar esses pequenos bandidos, os que os criticavam diziam que, um dia, tudo fugiria do controle. Alguns achavam que Dom Bosco era louco. Padres conhecidos seus quiseram interná-lo em um hospício. Mas, ele persistia , acreditando no sonho primeiro, e sentindo a Proteção de Nossa senhora Auxiliadora.

Sua obra, os salesianos, está espalhada em todos os cantos da terra. Tive a honra de ser um aluno salesiano no Colégio São Joaquim, em Lorena, e depois na Faculdade de Filosofia. Fui Professor, nesse mesmo Colégio e no Colégio santa Teresa, das freiras salesianas. Bebi dessa fonte que acredita na bondade humana e que se ocupa de educar os jovens sem medo de amá-los.

Dom Bosco criou um sistema em que educava pela razão, pelo coração e pela religião. A razão é oficio que ajuda crianças e jovens a discernir, a conhecer, a produzir, a construir a própria história. O coração cuida dos laços que nos ligam uns aos outros, das emoções, da confiança em seguir adiante, enfrentando os medos. E a religião dá significado à existência- o elo de amor com o Amor maior que nos criou para a bondade.

Antes de estudar com os salesianos, fui aluno de uma escola pública em Cachoeira Paulista. Ali, inspirado pelas minhas primeiras professoras, nascia o desejo de ensinar. E, depois, com os salesianos, fui compreendendo a beleza de educar com afeto, com vínculo. Na PUC, conheci Paulo Freire que também pregava a boniteza da vida em uma educação que não tinha medo de ser amorosa.

Dom Bosco, morreu em Turim, no ano de 1888, aos 72 anos de idade, mas sua obra permanece. Seus dizeres alimentam de esperança milhares de jovens que, nos colégios e nas obras sociais, são convidados a revelar o seu melhor. Reler os seus ensinamentos e perceber a atualidade dos seus sonhos ajudam a construir uma pedagogia absolutamente correta. Não há como educar sem vínculo, não há como estabelecer uma relação de ensino e aprendizagem sem compromisso. É preciso gostar de estar com os jovens. É preciso compreender  que a rebeldia, a inquietude, os sonhos são aliados de uma educação para a autonomia, a liberdade. Não fomos criados em série. Somos singulares. E o educador precisa levar isso em consideração. Educar será sempre um desafio, será sempre trabalhoso, será sempre uma ação que carece do simbólico. É preciso ir além, suplantando os que nos têm como loucos, por acreditarmos tanto no ser humano e por decidirmos não desistir de ninguém nem de quem nos dá muito trabalho ou de quem ninguém quer cuidar.

Há mulheres e homens que nos inspiram a prosseguir. Dom Bosco é um deles e para nós , educadores , uma luz resistente, nascida há 200 anos. luz que iluminou e ilumina por ter a energia de saber que " Deus nos colocou no mundo para os outros"."

Por Gabriel Chalita ( Fonte: Diário de S. Paulo)16/09 2015.


Angela Alves.