sábado, 8 de agosto de 2015

3ª PARTE- O MARTÍRIO DE SÃO MAXIMILIANO MARIA KOLBE



            O MARTÍRIO DE SÃO MAXIMILIANO MARIA KOLBE

*"O Próximo fato que contarei será o início do martírio de São maximiliano Maria Kolbe...

Certa vez, ao voltarem (prisioneiros) de um dia de trabalho desumano, eles iam entrando no pavilhão que servia de dormitório enquanto alguém ia contando o número de prisioneiros que passavam pela porta. A quantia estava errada. Faltava um prisioneiro. O chefe fala que se tal prisioneiro não aparecesse até a tarde do outro dia, 10 daqueles miseráveis prisioneiros iriam para o bunker da fome. 
Ora, levando em conta a situação em que se encontravam, morrer por fuzilamento seria um privilégio, pois deixariam de sofrer todos aqueles infortúnios do Campo. Até mesmo ser enforcados não os fazia medo. Mas, o bunker podia deixar qualquer um que tivesse coragem em enfrentar as atrocidades e crueldades dos nazistas sem dormir de tanto temor. Agonizar por dias de fome e sede no bunker era algo apavorante!

Frei Maximiliano pensou: " Como alguém pode ter a coragem de fugir sabendo que dez de seus companheiros irão ter a morte mais horrenda?  como estaria a consciência desse homem?"
O Frei reconheceu a fraqueza daquele homem diante de tanto sofrimento, rezou por ele e o perdoo pela traição.

A hora chegou e o prisioneiro fugitivo não apareceu. Os guardas nazistas começaram a escolher quem iria para o bunker da morte. Um homem, o sargento Fransceszek Gajowniczke ao ser escolhido entre os dez condenados, chora gritando: " Minha esposa, meus filhinhos. Nunca poderei ver minha esposa e meus filhinhos!..."

Todos os prisioneiros notam que alguém tinha saído do grupo e começado a andar em direção  ao Comandante Fritsch. " Quem seria louco de fazer isso ?" imaginavam...
Era Frei Maximiliano Kolbe que se aproximava de Fritsch. Falou baixo que quase não podiam escutar: 
" Eu gostaria de morrer no lugar de um destes condenados".

Isso era algo que Fritsch jamais virá em sua vida, ficando perplexo com o pedido do padre. Ele pergunta ao Frei quem era...respondendo: "Sou um sacerdote católico".

                                                             (...)

Frisch concede o pedido do frei e libera Franceszek da condenação ao bunker em troca do sacerdote católico 16.670.
" Durante todo o tempo como prisioneiro, no Campo de Concentração ou no Hospital, quantas vezes repartiu com os outros sua minguada porção de alimento, até mesmo privando-se totalmente de sua ração, dando-a aos mais fracos, alegando não ter fome, não precisar dela, Mas nesses tremendos dias não tem nada para repartir. Se fosse possível, daria seu sangue, sua carne. Se pudesse..."

Frei São Maximiliano há algum tempo estava muito feliz...bastante feliz! Em sonho lhe foi prometido o céu pela Imaculada! Contou, certa vez, isso aos seus confrades. Porém, havia um outro segredo que não lhes tinha contado ainda. Seria a certeza de seu martírio?
Ele exortava aos seus frades: " Exijo que vocês sejam Santos. Santidade não é um luxo. É uma exigência da vida cristã".

Em meio a fome crescente no bunker e a sede que os fazia secar a cada hora, Frei Kolbe nunca deixou de acolher seus companheiros com palavras de carinho e esperança. Sempre oferecia suas dores e sofrimentos à Imaculada. E assim os homens que ali sofriam fazia o mesmo, sendo guiados por Frei Maximiliano a não deixarem de rezar e pedir a Deus forças em seu sofrimentos.

Aqui conta um relato que do prisioneiro Borgowiec. Ele exercia a função de levar ao forno crematório os corpos do mortos, pois os soldados alemães da SS não se aventuravam em entrar naqueles antros pertilenciais, onde até o ar era contaminado. Borgowiec sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz e contou detalhes do que acontecia naquele lugar infernal. ( a seguir, segue um relato muito forte).

" No bunker não havia vaso sanitário nem esgoto para os condenados. Uma lata servia de vaso sanitário, onde eles podiam fazer suas necessidades. Borgowiec era o encarregado de, todos as manhãs, pegar aquela lata e despejar os dejetos humanos.
Mas do quarto dia em diante foi dispensado desse trabalho, pois quando foi pegar a lata já estava vazia... Todos os dias ela estava vazia." 

Dia a dia dentro do bunker, Frei Kolbe dava a absolvição geral aos quais não suportavam mais as dores e encaminhava suas almas à misericórdia de Deus. Frei Kolbe sofria calado. Já chegara ao 8º dia dentro do bunker. O martírio que sempre desejou acontecia. A coroa vermelha pairava sobre sua cabeça. E ele dizia: " Minha Mãe , não faltasse com sua promessa. Agora sinto que o céu me está bem próximo!" Isso dava-lhe forças para animar também seus companheiros.

Já se passavam doze dias de encarceramento naquele inferno, mas Frei Kolbe ainda se mantinha de pé ou de joelhos. Mesmo ele que parecia ser o mais fraco entre todos, com apenas um pulmão devido a tuberculose. Era um esforço sobre-humano. Provavelmente, isso seria uma Graça que pedia a Imaculada para que o mantesse vivo para acompanhar seus companheiros e os enviar aos céus.

Enfim, no 14º dia de confinamento no bunker da morte, um dia antes da Festa da Assunção da Imaculada, seus nove companheiros já tinham partidos, todos com a Benção do Frei Kolbe para serem recebidos nos céus. Já era hora da Sua Mãe Imaculada vir buscá-lo e levar seu filho amado para celebrar sua glória no céu.

Borgowiec estava presente. Ele diz que os outros corpos estavam imundos, enquanto o corpo do Frei Maximiliano estava limpo, e até brilhava. Afirmou: " nunca irei esquecer a impressão que me causou."

Em 10 de outubro de 1982, na presença de Franceszek Gajowniczke, cujo lugar tomou para sofrer no terrível bunker da morte em Auschwitz , Frei Maximiliano Kolbe foi canonizado pelo Papa João Paulo II, aceitando o martírio heroicamente pelo seu múnus sacerdotal, ajudando os condenados dos campos de concentração a terem uma morte virtuosa e proclamando seu amor a Imaculada, sua fonte de forças para resistir até a última alma que pôde salvar.

Por tudo isso, vemos em São Maximiliano Kolbe o verdadeiro amor ao Nosso Senhor Jesus Cristo e a Sua Santíssima Mãe, a Virgem Imaculada e o verdadeiro dever de ser Sacerdote Católico.

São Maximiliano , Rogai por nós!

( Esse Texto escrevi na intenção do Ir. Rodrigo Maria, da Ordem dos Franciscanos da Imaculada. Que Ela, a Imaculada, esteja sempre com você e você sempre com Ela, meu querido irmão.)

Salve Maria Imaculada!"

( Felipe de Luna. ) ( catolicostradicionais@gmail.com)     Angela Alves.






                      



                                              










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